terça-feira, abril 12

DECOM muda tema da Semana da Resistência

Autor: Tiago Terada

Foram mais de 8 meses de trabalho e busca por palestrantes para a Semana da Integração e da Resistência (SEINTRE), trabalho que agora se revela perdido. Na última reunião do Departamento de Comunicação (DECOM) os professores decidiram que o tema do evento, organizado pelo Centro Acadêmico de João do Rio (CAJOR), deveria ser algo que envolvesse toda a comunidade e não apenas os alunos de Jornalismo.

A ideia do CAJOR era discutir o jornalismo segmentado durante a SEINTRE. Alguns palestrantes da área de jornalismo cultural, ambiental e esportivo já até haviam confirmado a presença no evento porém, esses palestrantes terão de ser informados que a sua presença na UEPG, para passar aos alunos suas experiências e histórias na cobertura jornalística, está dispensada.

Segundo o DECOM, o motivo para a mudança do tema é que a Semana da Resistência adotou um formato muito semelhante ao da Semana de Comunicação, realizada no 2º semestre pelos professores. Outro motivo seria o fato de voltar as origens das primeiras edições da semana, onde alunos de outros cursos participavam do evento. O tema sugerido pelos professores é a "voz das minorias", onde temas como Palestina e homossexualismo seriam comentados.

O CAJOR pretendia continuar com o trabalho realizado desde agosto de 2010 e organizar um evento paralelo à semana organizada pelos professores. Entretanto, a resposta do Departamento veio rápida. Se o centro acadêmico, aquele que representa a vontade dos alunos, fazer isso os professores não liberarão as aulas e não ajudarão o Centro Acadêmico na busca pelos ceritificados de horas para os alunos.

Resta saber, nessa imposição de ideiais, aonde fica a resistência e a liberdade de expressão, tanto defendida nos textos lidos em sala de aula.

7 comentários:

  1. Sem isso! Semana da Resistência é dos alunos, não tem essa de professores. Se o foco dos atuais alunos é este (o do jornalismo segmentado)isso deve ser respeitado. Tentar jogar um tema goela abaixo vai contra o próprio princípio da semana da resistência. Se for para voltar às origens isso deve vir de maneira natural, não de forma ditatorial. Os alunos não podem ficar quietos mediante a isso!

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  2. Eu iria na SEINTRE esse ano só por causa do tema... mudou, eu e mais um mte d gente q tem um TCC pra se preocupar nao vai mais! Ai sim é q vai ficar bonito!

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  4. COLEGAS

    Esse texto foi publicado sem consulta aos demais membros do CAJOR.

    Portanto, reflete apenas a opinião do aluno que o escreveu, não do CAJOR.

    Também não corresponde às decisões tomadas na reunião realizada na tarde de hoje.

    Gisele.

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  6. Me sinto bem confortável em comentar o ocorrido, porque na qualidade de ex-aluno do curso, estive entre os que organizaram a primeira Semana de Integração da Resistência, lá em 2004, quando embalado em carradas de sonhos, descobri que não teria aula porque não tinha professor. E tive também a honra de integrar a primeira gestão do Cajor.

    A Semana de Integração da Resistência nasceu na esteira do absurdo de um governo obtuso e da necessidade de fazer algo. Simples. Não foi, nunca, espaço para debate da profissão, para imersão no microcosmo do jornalismo. Era um evento dos alunos, para discutir coisas importantes, agregar a sociedade, prestar serviço (organizamos diversas oficinas, não sei se o costume sobrevive).

    Ela nasceu da disposição de abnegados e do esforço conjunto de dezenas de pessoas, envolvidas direta ou indiretamente com o curso, com ou sem interesses políticos no evento. A intenção é que a Semana se tornasse sempre um marco do curso, em virtude do que aconteceu no começo do ano letivo de 2004, e que, em virtude disso, se colocasse sempre como um espaço de discussão e repercussão de assuntos fundamentais à sociedade. Neste sentido, caros colegas, tenham certeza de que a experiência, à qual vocês parecem sendentos em acumular, é proporcionalmente muito mais rica num evento onde o foco sai do umbigo da comunicação e transita em áreas e interesses diversos. É algo que tende a enriquecer muito mais do que o papo com jornalistas estabelecidos.

    Lembro que em 2005 discutimos a ideia de resistência. Trouxemos membros da representação diplomática da Palestina. Discutimos software-livre. Aprofundamos uma porção de assuntos fundamentais na formação de qualquer um de vocês, de nós. E na Semana de Comunicação, meses depois, sempre houve espaço para falar da profissão, convidar profissionais estabelecidos e tecer panegíricos às suas vestustas e impressionantes trajetórias profissionais.

    É um pouco triste, no entanto, comentar o episódio. Porque não há como não concordar com a atitude do Decom, instituição meio claudicante no meu tempo, com a qual mantive uma sucessão impressionante de atritos e desgastes ao longo de todo o curso.

    Jornalismo é importante, caras, mas não é o centro do universo. Aprender a fazer lead, entrevistas, trocar ideia com coleguinhas mais bem sucedidos na profissão, vai por mim, não tem nada demais. Falar do mundo que te cerca e se preparar para enfrentá-lo, isso sim, faz muito mais diferença na hora de disputar uma vaga nesse mercado de trabalho mate-ou-morra em que vocês estarão regurgitados em questão de meses, anos ou mesmo dias.

    Lead qualquer um faz. Interpretar a realidade, e sair vivo disso, é tarefa para os raros.

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  7. Tertuliano... a questão não é o mérito do tema. Essa é outra discussão.
    O problema é que o formato, tema e palestrantes deste ano já estavam decididos por um trabalho que durava meses.

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